Indústria farmacêutica é condenada a integrar auxílio combustível à remuneração de eletricista

Notícias • 19 de Setembro de 2017

Indústria farmacêutica é condenada a integrar auxílio combustível à remuneração de eletricista

Um eletricista de manutenção conseguiu na Justiça do Trabalho o reconhecimento da natureza salarial do auxílio combustível, que era pago pela empresa todos os meses, em valor fixo e independentemente da execução dos serviços ou comprovação de gastos.

Além do mais, o veículo não era utilizado em serviço. Com esse fundamento, o juiz de 1º grau condenou a empregadora, uma indústria farmacêutica, a integrar a verba, fixada em R$300,00 mensais, ao salário do trabalhador.

Para a empregadora, o auxílio combustível pago, na média de 100 litros ao preço fixo de R$2,89 por litro, visava tão somente viabilizar o trabalho, uma vez que o eletricista morava em Santa Luzia e trabalhava na fábrica situada em Ribeirão das Neves.

De modo que a verba não se confundia com salário.Refutando esses argumentos, o juiz convocado Cléber Lúcio de Almeida, em sua atuação na 7ª Turma do TRT mineiro, julgou desfavoravelmente o recurso apresentado pela empregadora, confirmando a condenação.

Como ponderou o relator, embora a indústria tenha afirmado que a verba visava custear a locomoção ao trabalho, sequer ficou evidenciada a necessidade de utilização do veículo durante a prestação dos serviços.

O eletricista, aliás, não executava atividade externa e não fazia deslocamentos no curso da jornada.Essas constatações levaram o relator a concluir o automóvel não era instrumento para o cumprimento das atribuições do eletricista.

“A retribuição, portanto, não ocorreu para o trabalho, mas pelo serviço prestado, sobretudo diante da ausência de variação de valores, exigência da comprovação de gastos, demonstração de quilômetros percorridos e indicação das visitações realizadas durante a jornada de trabalho”, justificou o julgador, acrescentando que o fato de o eletricista morar em Santa Luzia e trabalhar em Ribeirão das Neves é irrelevante no caso.

Isso porque, segundo esclareceu, essas localidades pertencem à região metropolitana de Belo Horizonte e possuem amplo acesso por transporte público, sem evidência de fatores sobre a alegada inviabilidade de trânsito.

O entendimento foi acompanhado pelos demais julgadores da Turma.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

Veja mais publicações

Notícias PLANO DE SAÚDE E ODONTOLÓGICO DOS EMPREGADOS – INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
25 de Julho de 2016

PLANO DE SAÚDE E ODONTOLÓGICO DOS EMPREGADOS – INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

O artigo 28, parágrafo 9º, letra “q”, da Lei 8.212/91, em sua atual redação, dispõe: “§ 9º Não integram o salário de contribuição para...

Leia mais
Notícias Empregado Doméstico – Obrigatoriedade da inclusão no FGTS
30 de Setembro de 2015

Empregado Doméstico – Obrigatoriedade da inclusão no FGTS

O Conselho Curador do FGTS publicou, no dia 25/09/2015, a Resolução CCFGTS nº 780/2015, regulamentando a inclusão do empregao doméstico no FGTS, na...

Leia mais
Notícias Comissão debate modernização das normas de segurança e saúde no trabalho
07 de Junho de 2019

Comissão debate modernização das normas de segurança e saúde no trabalho

Representantes do governo, empregadores e trabalhadores definirão alterações em Normas Regulamentadoras para simplificar o sistema e impulsionar a...

Leia mais

Assine a nossa newsletter e receba direto no seu e-mail nossas novidades.

Contato

Para enviar uma mensagem, preencha o formulário ao lado. Se você preferir, mande um e-mail para:

contato@nazarioadvogados.com.br

51 99102-4836

51 3594-6682