Pedido de demissão não afasta direito de bancários à participação proporcional nos lucros

Notícias • 27 de Novembro de 2020

Pedido de demissão não afasta direito de bancários à participação proporcional nos lucros

A participação nos lucros não é condicionada à vigência do contrato de trabalho, mas ao fato de o empregado ter contribuído para os resultados da empresa durante um determinado período.

Com base nesse entendimento, a 4ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho julgou procedente o direito de empregados do Banco Bradesco S.A. e da Bradesco Seguros S.A. de receber o pagamento proporcional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ainda que a sua demissão tenha ocorrido antes da distribuição dos lucros.

Nos dois casos, os empregados haviam pedido demissão, e seus pedidos de recebimento da participação nos lucros foram rejeitados pelos Tribunais Regionais do Trabalho da 1ª Região (RJ) e da 2ª Região (SP). O fundamento foi a norma coletiva da categoria, que excluía os demissionários do direito à parcela. “O que se encontra disposto na norma coletiva é uma manifestação livre de vontade das partes pactuantes, não existindo lacunas para extrapolação daquilo que foi acordado”, observou o TRT-2.

Resultados da empresa
O relator dos recursos no TST, ministro Alexandre Ramos, assinalou que o pagamento da PLR não é condicionado à vigência do contrato de trabalho, mas ao fato de o empregado ter contribuído para os resultados da empresa.

Segundo o ministro, o entendimento do TST (Súmula 451) é de que a exclusão do direito ao pagamento da parcela com relação ao empregado que pediu demissão redunda em ofensa ao princípio da isonomia, tendo em vista que mesmo o empregado que teve a iniciativa de romper o contrato contribuiu para os resultados positivos da empresa.

Ainda de acordo com o relator, apesar de a Constituição da República (artigo 7º, inciso XXVI) legitimar a realização de acordos e convenções coletivas, não há nenhuma autorização para que tais instrumentos normativos sejam utilizados como meio de supressão de direitos legalmente constituídos. “Deve-se harmonizar o princípio da autonomia da vontade, previsto no artigo, com o da reserva legal, sob pena de se permitir que negociações coletivas derroguem preceitos de lei”, concluiu. Com informações da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho.

RR-10338-55.2015.5.01.0066
RR 1001560-36.2017.5.02.0081

Fonte: TST

Veja mais publicações

Notícias eSocial  – Consulta a obrigatoriedade ao eSocial e à DCTFWeb já está disponível
09 de Maio de 2019

eSocial – Consulta a obrigatoriedade ao eSocial e à DCTFWeb já está disponível

Já está disponível a ferramenta de consulta a obrigatoriedade ao eSocial e à DCTFWeb. Com essa ferramenta, o contribuinte pessoa jurídica pode...

Leia mais
Notícias Multas do eSocial já estão valendo
14 de Abril de 2023

Multas do eSocial já estão valendo

Desde janeiro de 2023 a Receita Federal já está multando as empresas que não estão em regularidade com o Sistema de Escrituração Digital das...

Leia mais
Notícias SECRETARIA ESPECIAL DE PREVIDÊNCIA E TRABALHO PUBLICA PORTARIA QUE ALTERA LISTA ATIVIDADES AUTORIZADAS PARA TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS.
18 de Fevereiro de 2021

SECRETARIA ESPECIAL DE PREVIDÊNCIA E TRABALHO PUBLICA PORTARIA QUE ALTERA LISTA ATIVIDADES AUTORIZADAS PARA TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS.

A edição do Diário Oficial da União de hoje, 18 de fevereiro, conteve em sua publicação a Portaria 1.809, da Secretaria Especial de Previdência e...

Leia mais

Assine a nossa newsletter e receba direto no seu e-mail nossas novidades.

Contato

Para enviar uma mensagem, preencha o formulário ao lado. Se você preferir, mande um e-mail para:

contato@nazarioadvogados.com.br

51 99102-4836

51 3594-6682